Caso Patrícia: Justiça determina transferência de Daniel para presídio em Imperatriz

 


A Central de Inquéritos e Custódias determinou, nesta quarta-feira (16), a transferência de Daniel da Costa Silva, acusado de matar a ex-esposa Patrícia Almeida, para o presídio de Imperatriz. Daniel está na Unidade Penitenciária de São Félix do Xingu (PA) desde o dia 5 de outubro deste ano, após ser capturado.

A medida, assinada hoje pelo juiz Glender Malheiros Guimarães, acatou um pedido do Ministério Público do Maranhão. A Justiça determina que a Secretaria de Administração Penitenciária do Maranhão providencie a transferência do preso e comunique o cumprimento da medida no prazo máximo de 15 dias.

De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Imperatriz, Daniel estava foragido desde a época do crime, ocorrido em novembro de 2023. O acusado estava morando sozinho em uma casa próxima à cidade de Tucumã (PA) e foi localizado após uma denúncia anônima. Ele foi encontrado quase 10 meses após o feminicídio e recebeu a ajuda de familiares para se esconder.

As investigações da DHPP apontam que o crime ocorreu porque Daniel não aceitava o fim do relacionamento com Patrícia. A vítima havia obtido uma medida protetiva contra o acusado em decorrência de ameaças e agressões. Em julho de 2023, Patrícia registrou um Boletim de Ocorrência contra o ex-marido e conseguiu uma medida protetiva.

RELEMBRE O CASO

Patrícia Almeida foi assassinada com um tiro na cabeça e teve o corpo encontrado por um homem que colhia frutas próximo à Vila Dabi II, em Imperatriz. As roupas, acessórios e um demonstrativo de pagamento ajudaram a identificar que se tratava da empregada doméstica. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), o tiro foi disparado atrás da orelha da vítima, atravessando o crânio.



Antes de o corpo ser encontrado, Patrícia ficou desaparecida por cerca de uma semana. De acordo com a polícia, imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Patrícia e Daniel conversam no dia do desaparecimento. Manchas de sangue encontradas no veículo de Daniel reforçaram a hipótese de feminicídio na época do crime.

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