O Partido Socialista Brasileiro (PSB) deve sofrer esvaziamento no Maranhão com a saída de Carlos Brandão do comando estadual - Radio Cidade FM de Vila Nova

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quinta-feira, 24 de julho de 2025

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) deve sofrer esvaziamento no Maranhão com a saída de Carlos Brandão do comando estadual



O Partido Socialista Brasileiro (PSB) caminha para um esvaziamento sem precedentes no Maranhão. A direção nacional da legenda, presidida pelo prefeito de Recife, João Campos, deve retirar o governador Carlos Brandão da liderança estadual — movimento que pode provocar a saída em massa de vereadores, deputados estaduais, prefeitos e outras lideranças políticas filiadas à sigla no estado.

A mudança foi tratada em uma reunião em Brasília, inicialmente convocada por Campos para formalizar a troca de comando. Brandão, no entanto, tentou demonstrar força ao apresentar números que ilustram o desempenho do partido sob sua liderança: 19 prefeitos eleitos, sete vereadores em São Luís e duas chapas consideradas competitivas para as eleições de 2026. Ainda assim, o gesto não teria sido suficiente para reverter uma decisão política já tomada.

Segundo a jornalista Carla Lima, da TV Mirante, interlocutores próximos à cúpula nacional afirmam que a mudança é uma determinação superior, articulada por figuras influentes. O nome cotado para assumir o diretório maranhense é o da senadora Ana Paula Lobato, atualmente no PDT e ex-integrante do PSB — o que reforça a leitura de que a intervenção busca realinhar o partido com interesses externos ao grupo político de Brandão.

O impacto pode ser devastador. Caso a substituição se confirme, o PSB corre o risco de perder não apenas o governador, mas também boa parte de sua estrutura: os sete vereadores da capital, cerca de dez deputados estaduais, prefeitos e a própria presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale — todos aliados diretos de Brandão.

Nos bastidores, a avaliação é de que o PSB está prestes a se tornar uma legenda esvaziada no Maranhão — reduzida a uma sigla de fachada, sem base sólida, sem capilaridade e entregue a um novo grupo político por imposição da cúpula nacional.

Mais do que uma troca de presidência, a operação representa a substituição de um projeto político consolidado em diversas regiões do estado por outro sem densidade eleitoral. O resultado imediato será a fragilização do PSB no Maranhão, comprometendo sua competitividade nas eleições de 2026 e rompendo alianças construídas desde o início do atual governo.


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