Uma semana após matar policial militar, prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), continua solto diante do silêncio da Justiça do Maranhão - Radio Cidade FM de Vila Nova

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segunda-feira, 14 de julho de 2025

Uma semana após matar policial militar, prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), continua solto diante do silêncio da Justiça do Maranhão


Neste domingo, 13 de julho, completou-se uma semana desde o assassinato do policial militar Gleidson Thiago da Silva dos Santos, conhecido como “Dos Santos”, ocorrido durante uma vaquejada no município de Trizidela do Vale, no interior do Maranhão. O autor do crime, segundo investigação da Polícia Civil e confirmação em depoimento, é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), que, mesmo após confessar os disparos, continua em liberdade.

O homicídio aconteceu na noite do domingo (6), no Parque Maratá, após um desentendimento entre o prefeito e o policial, que estava fora de serviço. Segundo testemunhas, João Vitor teria efetuado cinco disparos pelas costas da vítima. O policial foi socorrido e encaminhado ao Hospital Geral de Peritoró, mas não resistiu aos ferimentos.

Na segunda-feira (7), o prefeito se apresentou espontaneamente à Delegacia Regional de Presidente Dutra, confessou os disparos e alegou legítima defesa. Também admitiu portar uma arma de fogo sem registro há dois anos. Por não ter sido preso em flagrante, foi liberado após prestar depoimento.

No dia seguinte, o delegado Márcio Coutinho, da Delegacia de Lago da Pedra, protocolou o pedido de prisão preventiva do prefeito. O caso foi encaminhado ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), uma vez que, por ocupar cargo eletivo, João Vitor possui foro privilegiado. No entanto, o desembargador relator Jorge Rachid Mubárack Maluf entendeu que o pedido deveria ser analisado por uma das Câmaras Criminais da Corte, e não pelo Órgão Especial, redistribuindo o processo. Desde então, a decisão sobre a prisão segue pendente.

Enquanto aguarda o desfecho judicial, o prefeito João Vitor Xavier apresentou um pedido de licença de 120 dias à Câmara Municipal de Igarapé Grande, alegando “profundo abalo psicológico” e necessidade de tratamento psiquiátrico. No pedido, menciona ser paciente bariátrico, condição que exigiria cuidados especiais. A licença, que pode ser encerrada a qualquer momento, deverá ser apreciada nos próximos dias pelos vereadores — todos da base aliada do prefeito — e deve ser aprovada sem resistência.

Com a licença aprovada, quem assume a Prefeitura interinamente é a vice-prefeita Maria Etelvina Sampaio Leite (PDT), ex-vereadora e aliada política do gestor. A posse está sendo articulada pela Câmara em sessão extraordinária.

O caso gerou forte comoção e repercussão entre agentes da segurança pública, associações militares cobram celeridade na resposta do Judiciário. As críticas se intensificam diante do silêncio do Tribunal de Justiça do Maranhão, que até agora não emitiu posicionamento sobre o pedido de prisão.

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