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Senadora Eliziane Gama (PSD-MA) que processa jornalistas com verba de gabinete é a mesma que agora critica “mordaça à imprensa”



Ganhou destaque na imprensa nesta terça-feira (26) uma discussão entre a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e o presidente da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, Carlos Viana (Podemos-MG).

Gama criticou o colega pelo fato de anunciar que irá suspender a credencial de veículos de comunicação que divulgarem informações privadas de congressistas durante as sessões. A restrição vale para dados contidos em celulares, computadores ou documentos pessoais.

A decisão foi questionada pela senadora maranhense. Segundo ela, a medida cerceia a liberdade de imprensa. “A gente não pode chegar e criar uma certa, eu diria até censura, mordaça para esse jornalista. O critério maior é se o parlamentar está tendo acesso a documentos sigilosos. Agora, o cerceamento dessa liberdade é preocupante”, disse Eliziane.

– Falso moralismo descarado

Essa Eliziane que hoje aparece na sessão da CPMI do INSS para “defender” jornalistas é mesma que processa diversos jornalistas maranhenses que criticaram a atuação política dela e, também, do seu ex-marido, o ex-vendedor de replicas de roupa, Inácio Melo.

Conforme dados do portal de Transparência do Senado, no ano de 2020, Gama usou um escritório de advocacia que recebeu dinheiro público de verba indenizatória de seu Gabinete no Senado Federal para processar, além do titular do Blog do Domingos Costa, outros jornalistas como Neto Ferreira e Werberth Saraiva.

A senadora utilizou o escritório advocatício denominada “Spindola, Raposo e Ribeiro Advocacia e Consultoria” para processar esses e outros diversos jornalistas. Foram R$ 123 mil que saíram do Senado para a conta bancária da empresa.

E após o escritório deixar de receber verba indenizatória do gabinete de Gama, curiosamente, um dos membros do “Spindola, Raposo e Ribeiro Advocacia e Consultoria” foi parar na folha de pagamento de Eliziane Gama no Senado.

O advogado Marcelo Cosme Silva Raposo, ocupa desde 2021, o cargo de “Assistente Parlamentar Sênior” para atuar como “pessoal de Escritório de Apoio de Eliziane Gama” com remuneração de R$ 18.240,29.

Como pode existir duas “Eliziane’s” em apenas uma pessoa? Uma que defende jornalista a liberdade de imprensa, e a outra, que processa diversos jornalistas usando escritório de advocacia que recebeu dinheiro de seu gabinete?!

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